Sindicato repudia argumento da empresa e avisa a empresa que não assinaremos acordo sem ganho real. A Vale realizou reunião por videoconferência com o STEFEM nesta tarde e nos trouxe um “pedido de ajuda” absurdo para que a empresa possa definir como pode arrancar recursos financeiros dos trabalhadores.
Só podemos entender desta forma o argumento da empresa de que tem um “lençol curto” e que poderá atender reajuste nos salários se fizer menos no cartão alimentação. Como exemplo, ainda tiveram o desplante de perguntarem o que é mais importante, se os salários ou o cartão alimentação. O idealizador de uma proposta como esta, com certeza, não precisa de cartão alimentação para complementar baixo salário, situação vivida pelos trabalhadores, sem ganho real há muitos anos.
Declaramos em alto e bom som que queremos GANHO REAL nos SALÁRIOS, no PISO SALARIAL e no CARTÃO ALIMENTAÇÃO.
É um absurdo e uma vergonha que a empresa queira discutir defasagem salarial, oferecendo um reajuste em um ou noutro direito econômico, não levando em conta que todos eles, salários, cartões alimentação e demais benefícios econômicos sofreram a corrosão de um ano pela inflação.
Fomos indagados ainda pela Vale se queremos discutir junto com o acordo o modelo de PLR de 2025, para pagamento em 2026 e, sinceramente, não entendemos a pressa em discutir este assunto, que normalmente é realizado no primeiro trimestre de cada ano. A direção do sindicato também ressaltaram à empresa que não aceitarão nenhuma alteração no modelo de PLR. Isso se deve aos rumores de que a Vale teria a intenção de aumentar o gatilho, medida que pode trazer sérios prejuízos para os trabalhadores e trabalhadoras, mudança que não aceitamos.
Sobre o ACORDO COLETIVO reafirmamos a urgência de termos ganho real nos salários, cartões alimentação e piso salarial.
A Vale agendou nova reunião para este dia 30 com o STEFEM, afirmando que apresentará uma contraproposta econômica para a categoria.