Começaram efetivamente hoje as negociações com a Vale pela renovação do Acordo Coletivo de Trabalho Específico.
Infelizmente, a Vale não abandona a habitual iniciativa de falar em cortes sempre que começamos negociações de reivindicações dos trabalhadores para acordo.
Na reunião de hoje, a empresa teve o desplante de fazer uma proposta de manutenção dos benefícios econômicos do acordo coletivo sem qualquer reajuste, ignorando a evolução da inflação sobre alimentos e aumento de preços gerais na economia. Ainda na política de cortes, a empresa informa que irá descontinuar o “auxílio ergonomia”, argumentando que os trabalhadores das áreas administrativas voltaram do home-office para o regime de trabalho presencial no final do ano passado.
O STEFEM repudia qualquer tentativa da empresa em prejudicar direitos conquistados e estabelecidos nos acordos coletivos, e não aceita, de forma nenhuma, que os benefícios econômicos sociais do Acordo Específico permaneçam sem reajuste. É inadmissível que benefícios como tíquete-lanche, reembolso educacional, auxílio creche e outros fiquem defasados em relação a evolução de preços até mesmo superiores à inflação oficial. O valor do tíquete-lanche, por exemplo, se mostra rigorosamente insuficiente diante dos preços praticados desde o último acordo. Não aceitamos congelamento e, ao contrário, buscamos uma recuperação dos benefícios com ganho real.
Informamos à empresa que com uma proposta desta não haverá nenhuma iniciativa de leva-la para assembleia e recusaremos na mesa quaisquer iniciativas que tragam prejuízo aos benefícios. Queremos ainda discutir demandas apresentadas pelos trabalhadores em relação às condições de trabalho, passando as negociações por toda a “Pauta de Reivindicações” apresentada à empresa.
A Vale garantiu a ultratividade, ou seja, manutenção das cláusulas vigentes do ACT Específico até que novo acordo seja aprovado.
Nova reunião já está agendada com a empresa para o próximo dia 26 de março.
