A imagem de compromisso e de responsabilidade social da Vale com os trabalhadores está sendo profundamente manchada com a iniciativa da empresa em implementar demissões em massa, como vem fazendo em todo o Brasil, inclusive na base de representação do STEFEM.
Depois de reajustar os salários em 8,8% em 1º de novembro/2021, bem abaixo da inflação acumulada pelo INPC de 11,08% e ter assumido compromisso de que não faria demissões em larga escala, a empresa vem apavorando todos os trabalhadores com inúmeros desligamentos, jogando famílias inteiras no desespero do desemprego, quando ainda vivemos uma crise pandêmica e profunda retração no mercado de trabalho.
A gigante da mineração mundial comemora um lucro líquido de R$ 121,2 bilhões em 2021 (alta de 360%), distribuindo mais cerca de R$ 19 bilhões para acionistas agora em março, enquanto centenas de trabalhadores começam o ano novo com o fantasma do desemprego batendo à sua porta, com a Vale lançando todos numa crise social e de sustentabilidade familiar.
Repudiamos a prática do desemprego na Vale, que teve uma receita de R$ 293,5 bilhões, alcançando alta lucratividade mesmo num período de pandemia com milhares de mortes, uma empresa que explora um produto vindo da dádiva da natureza, concedido pelo Estado e que deve implicar em gestão de responsabilidade social.
Não podemos admitir que fique da atividade da mineradora apenas a destruição ambiental, lucros fabulosos para acionistas e trabalhadores descartados como peças ou máquinas em desuso.
Exigimos que a empresa cumpra o compromisso firmado no Acordo Coletivo de não demissão em massa, pois suas iniciativas apenas aprofundam uma crise social que arrasta multidões para uma vida de extrema dificuldade.
QUEREMOS UMA EMPRESA COM RESPONSABILIDADE SOCIAL
