Os sindicatos que participam de forma unificada nas negociações com a FTL/TLSA estão enviando à empresa ofício em que cobramos a urgente marcação de reunião, para que possamos reapresentar e reparar uma série de irregularidades e descumprimento de cláusulas de acordo coletivo de trabalho.
Temos instalada uma crise nas relações do trabalho, diante da postura da empresa em não dar respostas às demandas apresentadas pelos sindicatos, em flagrante posição de desrespeito aos documentos de responsabilidade assinados pela própria empresa, que nos obrigará em oferecer denúncia e buscar a intermediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), para sanarmos problemas graves.
Os trabalhadores estão sendo obrigados a jornadas excessivas, desrespeitando folgas programadas, não cumprimento prazo de interjornada, exigindo que seja exercida dupla função (mecânico fazendo serviço de pedreiro e outras atividades) maquinistas trabalhando até mais de 20 horas sem descanso. As reuniões se fazem necessárias e urgentes, pois temos situações gritantes que podem levar a acidentes fatais, com mortes de trabalhadores e de terceiros nas vias operadas.
Não podemos continuar com o descaso em que condições de operação são desempenhadas, sem segurança, levando trabalhadores ao estresse e cansaço extremo, sendo que os coordenadores de RH não têm nenhuma autonomia para decidirem e fazer a gestão necessária para compatibilizar interesses das empresas com os direitos, saúde e segurança no trabalho.
Em breve, chegaremos à nossa data-base, para estabelecer o acordo coletivo de trabalho 2023, mas reveste-se de grave urgência discutirmos a melhoria das condições de trabalho, respeito e cumprimento de cláusulas do Acordo Coletivo vigente.
Ansiamos que a empresa resgate a prática do entendimento nas relações do trabalho e que não espere acontecer uma tragédia, em que será responsabilizada por não reparar os graves problemas que reiteradamente apontamos.
