Mais uma revolta dos maquinistas está sendo construída por iniciativa covarde e injusta da Vale.
Nossos companheiros que hoje se alojam no “Hotel Jatobá”, no Núcleo Urbano de Carajás, em período de intrajornada, estão prestes a serem despejados do seu sossego e jogados para dormir em local onde deverão dividir quartos e banheiro coletivo, inclusive as trabalhadoras, sem nenhuma privacidade, numa atitude desrespeitosa, “corenelesca” e covarde, tratando a todos como um amontoado de gente que deve apenas trabalhar.
A mudança representa um retrocesso para uma situação antiga, da qual os maquinistas custaram a se livrar até conquistarem as acomodações no Hotel Jatobá.
Agora querem tirá-los do hotel para alojar trabalhadores que estão vindo de Minas, como instrumento para acelerar a produção em Carajás.
A Vale trata os maquinistas como massa de manobra, sem nenhuma consideração, sem valorização profissional e obrigando-os ao descanso de jornada extenuantes em condições com extrema precariedade até sanitárias. É um absurdo que os maquinistas não estão dispostos de tolerar, e deverão resistir, denunciar publicamente o tratamento desumano dispensado pela poderosa mineradora.
O STEFEM está oficiando a empresa sobre esta posição de descontentamento, de tratamento aviltante e condenável, solicitando que seja revertida e preparada as condições de alojamento adequadas para os quem vem de Minas, sem regredir as condições degradantes para os companheiros que lutaram muito por um descanso digno.