Desde a "Reforma Trabalhista" a Vale não faz mais homologações de demissões no Sindicato e não temos o registro do número de companheiros sacrificados
O flagelo das demissões se alastra impiedosamente pelos corredores da Vale, ceifando os meios de subsistência de vários colegas de forma brutal, desrespeitosa e sem qualquer vestígio de gratidão ou compaixão humana.
A Vale continua perseguindo lucros estratosféricos, tanto com aumento de produção e corte de custos, atacando em postagens direitos fundamentais, como o plano de saúde, mas também cortando a cabeça de trabalhadores de longos anos de empresa, afirmando a necessidade de substituí-los por "novos talentos". Para a empresa, a história de responsabilidade e dedicação dos trabalhadores é completamente irrelevante, só tendo valor para engordar sua margem de lucro.
Infelizmente, todas as provações suportadas pelos trabalhadores, como jornadas extenuantes de 12 horas, condições de trabalho precárias e transporte sofrido os locais de serviço, são totalmente ignoradas quando a demissão é utilizada como uma ferramenta fria, sem consideração ou piedade pelos trabalhadores.
O STEFEM recebe manifestações de extrema preocupação por parte dos trabalhadores, que testemunham seus colegas sendo demitidos logo após a assinatura de um Acordo Coletivo Específico, enquanto nos preparamos para a discussão do acordo nacional, que tem data-base em 1º de novembro.
Essas ameaças aos trabalhadores, que pouco se importam com o caos social gerado pelas demissões, são mais do que suficientes para nos mobilizarmos e lutarmos pela defesa não apenas de nossos direitos, mas também pela manutenção do emprego para todos os trabalhadores dessa categoria. Afinal, a produção da Vale não para e os cofres da empresa continuam transbordando de riquezas.
É urgente que nos levantemos, repudiemos e rejeitemos veementemente essa as insinuações de rotatividade e demissões dentro de normalidade histórica, como prega os relações trabalhistas. Precisa reconhecer o estado de espírito desesperador de trabalhadores que exercem atividades periculosas, atônitos e em risco de segurança com a constante ameaça de perder nossos empregos.
A Vale coloca o lucro como sua prioridade máxima, em vez de assegurar a tranquilidade social para todos os trabalhadores dedicados, responsáveis e com um histórico de desempenho notável para atingir metas.
Repudiamos veementemente as demissões e a ganância por lucros que sacrificam o bem-estar social.
