Antes mesmo que comecemos o processo de negociações para o Acordo Coletivo de Trabalho 2023, começamos a ser metralhados por informações de bastidores como “balões de ensaio” para uma suposta tentativa da Vale de mexer no modelo de PLR paga aos trabalhadores e também em nosso Plano de Saúde.
O discurso patronal fala em diminuir custo de produção, atacando direitos sagrados dos trabalhadores onde alcançamos avanços que são os “diferenciais” para nos mantermos como trabalhadores da Vale. A própria empresa sempre destacou estes direitos como as condições que mais estimulam o trabalho na Vale.
O STEFEM reage com rigor e antecipa que “a tentativa pode se transformar num verdadeiro campo de guerra, com ações fortes do Sindicato e mobilização intensa da categoria para impedirmos mudanças nocivas, que prejudiquem a condição social alcançada em nossas lutas e acordos coletivos para estabelecer os direitos mais expressivos da categoria, uma PLR justa e um programa que garanta a plenitude de nossa saúde e de nossos familiares”.
A direção do Sindicato avisa que retrocessos na PLR e no Plano de Saúde são inegociáveis e não haverá acordo com estas ameaças. Lembramos que nossa PLR precisou de muitos anos de negociações, para que ultrapassássemos medições apenas pelos RESULTADOS e tivéssemos a garantia de um direito justo encorpando também o LUCRO.
O que era PR se transformou em PLR e impedimos que não tivéssemos nosso direito reduzido em momento de produção que não refletia lucros fabulosos em razão de oscilação de preços de minérios. Impedimos que seja repetida outra PLR ZERO como em 2015, garantindo um “gatilho” e “fator Vale” que asseguram nosso direito justo.
A direção do STEFEM reforça que não podemos ser penalizados por estoques em altas, por políticas monetárias desequilibradas, por investimentos equivocados, por resultados de tragédias, ao mesmo tempo em que os trabalhadores honram a produção com responsabilidade, total empenho e sacrifício numa atividade penosa.
A PLR e o nosso plano de saúde são «imexíveis» e deixamos claro que teremos uma luta intensa para preservar estes direitos