Realizamos na última sexta-feira, 25 de agosto, a segunda reunião de negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2023 com a VLI (TPSL) e Ferrovia Norte Sul (FNS).
A empresa enviou para o STEFEM uma contraproposta observando 30 cláusulas onde os patrões entendem que há consenso entre as partes, pontuando demais cláusulas que serão discutidas ao longo das negociações, sobretudo as que se referem a reajuste de salários e demais impactos econômicos. Solicitou ainda ao Sindicato que avalie as cláusulas desta “contraproposta” dita “consensual” até a próxima quarta-feira, imaginando que teria resposta positiva da entidade para que sejam formalizadas e passemos então a discutir apenas os pontos econômicos pendentes.
A direção do STEFEM rejeitou plenamente a estratégia da empresa e exige que todas as reivindicações sejam discutidas, uma a uma, pois a categoria as apresentou esperando melhorias, apontando falhas e necessidade de ajuste em cláusulas já conquistadas em acordos anteriores. Não podemos aceitar uma “foiçada” em 30 cláusulas que precisam ser rediscutidas, como se não tivessem a menor importância, o que seria um desrespeito à Pauta de Reivindicações aprovada pela categoria.
Como exemplo de que muita coisa precisa ser rediscutida, foi muito debatido na reunião o problema enfrentado por maquinistas em cruzamento, que muitos gestores consideram o momento como descanso e para que o trabalhador faça sua refeição. Demonstramos que nos cruzamentos, o maquinista não abandona seu posto de trabalho e precisa estar atento aos demais trens que passam, sujeitos a rigoroso controle de segurança nas operações. Como neste caso, o Sindicato precisa avaliar com rigor se as “30 cláusulas” que a empresa qualifica de consensuais estão sendo realmente atendidas.
A empresa já agendou duas reuniões para dar continuidade às negociações, a primeira no dia 18 de setembro, em Belo Horizonte, e a segunda dia 28 de setembro, a ser realizada de forma virtual.