Tivemos hoje em negociação coletiva com a FNS/VLI uma proposta horrorosa e condenável para o interesse econômico dos trabalhadores e principalmente trágica na alternativa que a empresa quer jogar nosso plano de saúde.
A perspectiva de ganho real dos trabalhadores para melhorar o nível baixíssimo de salários está esbarrando em uma proposta patronal de reajuste de 4,06%, estritamente o INPC do período acumulado em 12 meses, mesmo percentual para corrigir o reembolso de creche/maternal.
Os demais direitos de cláusulas sócioeconômicas continuaram sem nenhuma evolução e foram congelados no nível da proposta apresentada anteriormente: 22 tíquetes refeição de R$ 30,00 e Vale Alimentação de R$ 742,00.
Além de “fincar o pé no toco” e frustrar a melhoria das condições de trabalho e de itens econômicos, a empresa apresentou uma proposta trágica e absurda de piorar ainda mais o nosso plano de saúde. A empresa quer simplesmente acabar com a modalidade de plano apartamento e disponibilizar apenas um “Plano Enfermaria” para os trabalhadores e dependentes, além de manter os mesmos níveis de coparticipação previstos no acordo atual.
Os patrões simplesmete ignoraram todas as reclamações e necessidade de melhorias no atendimento apontadas pelos trabalhadores, com severas dificuldades ao longo de todo o trecho, como pretendem cortar ainda mais na carne de nossa condição de assistência médica.
Não passa pela cabeça dos patrões que os trabalhadores adoecem em atividades extenuantes, periculosas e insalubres, com jornadas estafantes, com dificuldade de se alimentarem e simplesmente querem conter custos para aumentar lucros.
O sindicato lembra à empresa que os trabalhadores exigem os adicionais noturno e de turno, depois de terem jornadas ampliadas, sacrificando seu descanso familiar e nenhuma vida social, como também um plano de carreiras, cargos e salários, para corrigir distorções, como dupla função, falta de transparência em promoções e valorização profissional.
Nossa resposta foi a REJEIÇÃO e manifestação de INDIGNAÇÃO por uma proposta desumana, de conter custo sobre a saúde dos trabalhadores, mas não fazendo nem cócegas para dimunuir dividendos para acionistas, que esperam sentados e confortáveis pelo lucro de nosso sacrifício.
É uma proposta para ser rejeitada, denunciada e arregimentar outras instâncias fiscalizadoras para que tenhamos um trabalho decente e condições de sustentação familiar.
A empresa acenou com nova reunião, provavelmente na próxima semana, quando esperamos uma resposta respeitosa e que possamos levar para assembleia, por que está não dá para ser aprovada.
É inaceitável a receita para aumentar o lucro piorando ainda mais as condições de atendimento à saúde