Procurando cumprir as propostas feitas durante a eleição, o STEFEM promoveu ontem um seminário sobre a Valia - Previdência Privada dos trabalhadores da Vale; onde foi feita uma apresentação de toda a história da Fundação (Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social), as mudanças estatutárias, a evolução dos benefícios até os dias de hoje.
O seminário foi uma parceria entre o STEFEM e o Metabase Itabira- MG, com o assessor jurídico da entidade mineira Dr. Henrique Nery, que fez a apresentação. Estiveram presentes na atividade, diretores da APOSVALE.
Mais de 80 ferroviários, ativos e inativos, acompanharam a apresentação e fizeram inúmeras perguntas sobre os benefícios da Valia, se posicionando também por medidas para melhorar suas condições dentro do plano previdenciário e cobrando materiais de orientação para os demais companheiros.
Entre os esclarecimentos, o presidente do STEFEM, afirmou aos presentes que o novo estatuto da entidade, em fase de registro, cria o Departamento de Aposentados, uma forma de estar de forma institucional, presente na vida daqueles que fizeram a história da empresa.
LUTA PELA IGUALDADE NAS CONTRIBUIÇÕES PARA A VALIA
Um dos pontos de extrema importância discutido no encontro é nossa luta no próximo acordo coletivo com a Vale, para que os trabalhadores de menores salários tenham o mesmo tratamento dos que têm maior remuneração. Hoje para trabalhadores com salários até R$ 5.253,00 (10 URs “unidades de referência) a Vale contribui para a Valia com o máximo de 1%, mesmo que o trabalhador contribua com percentual mais elevado. Nos altos salários a empresa contribui até 9%, seguindo o mesmo percentual contribuído pelos trabalhadores.
Nas negociações do próximo acordo coletivo vamos pautar esta discussão com a Vale, para que os trabalhadores sejam tratados com a mesma condição, do menor ao maior salário. Esta é uma preocupação de vital importância, pois é com o fundo que fazemos na Valia, com nossas contribuições e da empresa, para termos uma complementação de nossas aposentadorias, lembrando as mudanças prejudiciais implementadas na Previdência Social que dificultam aposentar, além nos penalizar com valores mais achatados, principalmente após a Reforma Previdenciária. Devemos mobilizar intensamente a categoria para conquistarmos esta igualdade de condições, lembrando que principalmente os trabalhadores de menores salários que são prejudicados nos cálculos que definem uma aposentadoria baixa, não tendo mais, como aposentados, os benefícios sociais dos nossos acordos coletivos, como cartão alimentação, plano de saúde e demais benefícios de cláusulas econômicas.