Empresa não quer reajustar o cartão alimentação e manter valor definido há 12 meses
A Vale nos apresentou nesta manhã sua contraproposta para os itens econômicos do Acordo Coletivo de Trabalho 2024. Como todos podem ver na proposta patronal, a empresa seguiu à risca o que estava insinuando nas últimas reuniões de negociações, quando nos perguntava o que era mais importante, se reajuste nos salários ou nos benefícios (incluindo o cartão alimentação).
Na sua contraproposta, a empresa se limita ao INPC integral da inflação acumulada em 12 meses nos salários e benefícios, mas NADA no Cartão Alimentação.
Além de não concordarmos de forma nenhuma em represar a condição econômica dos trabalhadores, depois de uma defasagem de 12 meses de inflação, a Vale parece que não ouviu o que o Sindicato reivindicou como expectativa urgente dos trabalhadores, ou seja: GANHO REAL nos salários, no cartão e nos benefícios socioeconômicos. Sem isso, não será possível aprovar acordo coletivo, muito menos com perda em qualquer benefício.
Deixamos claro também para a Vale que não aceitaremos qualquer mudança no modelo da PLR que prejudique o direito. Repudiamos as insinuações que ouvimos “por aí” de que “o gatilho está frouxo”, com pretensão de prejudicar o principal instrumento que garante o pagamento da PLR aos trabalhadores. É inaceitável uma contraproposta que representa arrocho e prejuízo em direitos que avançaram ao longo dos anos e estão consolidados como das principais conquistas do trabalhador para contrapor salários baixos e que têm na PLR um direito para desafogar compromissos e dívidas acumuladas.
Esperamos que a empresa retorne à mesa de negociações e possamos construir uma contraproposta muito melhor do que esta apresentada.
