História
do Stefem
Fundado
em 30 de setembro de 1987, sua primeira gestão
ficou a cargo do Técnico em Botânica Miguel
Assis Marques, o Miguelzinho, que liderava o grupo denominado
“Linha Franca”, que no primeiro momento contava
com os companheiros Edgar da antiga RFFSA, Luís
Carlos, Gerson Pinheiro, Haroldão e a saudosa Luzimar
Brandão, dentre outros companheiros.
Nas
oficinas tinha um movimento oposicionista, denominado
“Mudança de Via”, o qual, não
podemos esquecer os companheiros: Arnaldo, Higino, Mesquita,
que teve dois embates com o Grupo “Linha Franca”,
não obtendo êxito nas duas oportunidades,
mas que apontava para a necessidade de um movimento mais
à esquerda e portanto mais alinhado ao novo sindicalismo
que havia surgido anos antes, capitaneados pelas lutas
travadas no ABC em São Paulo, no Rio Grande do
Sul pelos Bancários, em Minas Gerais pelos professores,
nos rurais – principalmente com as oposições
aos sindicatos atrelados ao governo. Nesse contexto surgiu
a CUT, a primeira e única central formada pelos
anseios dos próprios trabalhadores, e que desde
então tem estado na vanguarda das lutas dos trabalhadores
Brasileiros.
Em
1990, novamente o grupo “Linha Franca”, vence
as eleições e surgem novas lideranças,
como os companheiros Eduardo Pinto e Hipólito;
anos difíceis, pois a recessão e o governo
Collor não deixava que os trabalhadores avançassem
em nenhuma conquista, muito pelo contrário, conquistas
históricas dos trabalhadores foram jogadas fora;
a previdência, os contratos coletivos de trabalho,
os reajustes indexados pela inflação foram
banidos e num golpe fatal, todos tiveram seus salários
rebaixados pelo plano Collor.
Em
1994 ainda pelo Grupo “Linha Franca”, Hipólito
é alçado à condição
de presidente, e o grupo já não contava
mais com os companheiros, Jorge Ameba, Haroldão
e Gerson. A gestão foi marcada pelas dificuldades
colocadas pelo então Presidente da República
FHC, que aprofundou os cortes às conquistas dos
trabalhadores e começou o que chamamos de “Privataria
Tucana”, onde num crime de lesa pátria irreparável,
privatizou a Vale do Rio Doce por míseros papéis
sujos que no montante gerou 3,361 bilhões de Reais,
que devem ter sido gastos em menos de 24 horas com a dívida
pública, pois os papéis eram extremamente
podres.
O
desgaste de três gestões consecutivas gerou
um cisma, onde companheiros do grupo Linha Franca, juntaram-se
a outros companheiros independentes, ou também
remanescentes do Grupo Mudança de Via e formaram
o Grupo “Via Livre”, que viria disputar logrando
êxito as eleições de 1997, num pleito
histórico, onde podemos ressaltar as lideranças
de Eduardo Pinto, Lúcio Azevedo, Olival Mala, Sininger
de Oliveira, Maranhão, e os novos que se juntaram
à nova turma, Novarck de Oliveira e Susalvino Vianna
(RFFSA, atual TLSA).
As
disputas internas do mandato iniciado em 1994, deixaram
o sindicato num caos financeiro, uma junta governativa
foi criada, e o envolvimento com a política partidária
ajudaram a afundar monetariamente a entidade, controle
do caixa estava com o lado que viria a ser derrotado.
As primeiras atitudes da nova gestão, sob o comando
de Eduardo Pinto foram no sentido de sanear as finanças,
pois o Sindicato estava literalmente falido; acordo com
os fornecedores foram feitos, o automóvel do sindicato
foi rifado entre os sócios.
O
Grupo “Via Livre” assumiu o comando do STEFEM
em 20 de agosto de 1997, lembrando que em 6 de maio a
Vale tinha sido entregue ao capital privado; o restante
do ano foi marcado pordemissões em massa, que diminuíram
o quadro de representados de 1500 trabalhadores para pouco
mais de 1000. Isso por si só significava uma entidade
com débitos enormes e uma capacidade de arrecadar
menor.
Vieram
os ACT’s de 1998 a 2000, onde avançar significava
manter simplesmente o que tinha, anos duros, de muito
arrocho, sem perspectivas para os trabalhadores, e como
todas as categorias estavam celebrando convenções
sem ganhos, nossa categoria passava pela mesma agonia;
e o governo FHC não dava tréguas: novas
reformas na previdência, desvalorização
do real, inflação em alta e um país
sem perspectivas.
Em
2001 novas eleições, e dessa vez o Grupo
“Via Livre” não teve oponentes, com
Eduardo Pinto encabeçando a Chapa, nesse novo momento
recebemos o atual secretário geral João
Damasceno, aquele mesmo do handball; tivemos uma votação
expressiva, com mais de 80% dos aptos a votarem, indo
às urnas e uma aceitação maior que
97%. Eram anos muito duros, porém a categoria enxergava
que a direção do STEFEM não media
esforços para melhorar as condições
de vida dos trabalhadores. Em 2002 com uma perda salarial
acumulada de mais de 15% no ano, devido a inflação
acumulada, celebramos o melhor acordo desde o início
da gestão: aumento de 17% e conquista de um cartão
alimentação, à época chamado
de fome zero, devido ao seu baixo valor. Os anos que se
seguiram até 2005 foram de mais calmaria, isso
se deu após a eleição do metalúrgico
Lula. Em 2003 pudemos novamente visualizar as possibilidades
de aposentadoria, coisas que só foi possível
graças ao novo governo, que editou novas leis bem
mais favoráveis aos trabalhadores.
Em
2005 um novo marco para os trabalhadores da Vale, que
enfim puderam cumprir o determinado no Edital de Privatização,
a possibilidade de eleição direta para o
conselho de administração da Vale, e o STEFEM
teve a honra de ocupar esse lugar pela primeira vez, com
Eduardo Pinto sendo eleito em nível nacional, tendo
José Horta do Metabase Mariana como seu suplente,
isso já demonstrava a liderança que o nosso
sindicato tinha e tem no movimento sindical dos trabalhadores
da Vale.
Nesse
mesmo de ano de 2005, Eduardo Pinto é reeleito
para a presidência do STEFEM, novamente com uma
aceitação expressiva, acima dos 95%, e mesmo
sendo em chapa única, o que dificulta os trabalhadores
irem às urnas, foi um pleito dentro da maior normalidade.
Em 2009 o mesmo processo eleitoral, uma renovação
expressiva dentro da diretoria, a inclusão da VLI,
como uma nova empresa representada, e uma nova eleição
para o conselho de administração da Vale,
Eduardo Pinto é novamente conduzido ao cargo, tendo
como suplente o presidente do Metabase Carajás,
Raimundo Nonato – o Macarrão.
Em
2013, mais uma eleição e Lúcio Azevedo,
foi conduzido à condição de presidente,
com uma renovação de mais 40%, tendo como
maior exemplo a condução de William Madeira
para a executiva na condição de Diretor
Jurídico. Ainda em 2013, uma composição
para o conselho de administração da empresa,
colocou novamente Eduardo Pinto naquele órgão,
como suplente de João Cavaglieri.
Em
2015, ano em que tudo parecia ser muito ruim, o presidente
eleito Lúcio, foi conduzido ao cargo de conselheiro,
no CA da Vale, tendo como suplente o diretor do Metabase
Itabira, o Carlão. As dificuldades desse ano, em
que o mercado de commodities se retraiu, trazendo incerteza
aos trabalhadores e seus representantes, com demissão
em larga escala e prejuízos consecutivos da empresa.
Nova
Sede do STEFEM
Entre
as conquistas dos últimos tempos podemos destacar
a questão da estruturação administrativa
do sindicato, com uma sede moderna no Centro Histórico
de São Luís, uma nova sede na parte
comercial da cidade, Renascença, está em
vias de ativação, a compra de imóvel
em Açailândia, para implantação
da Delegacia Sindical local.
Os
acordos coletivos que vieram após o ano de 2005,
trazem ganhos reais nos reajustes, como também
trazem, conquistas históricas, como a valorização
do ticket alimentação, a discussão
da Participação dos Lucros e Resultados
sendo feita pelos sindicatos, uma pauta extensa de saúde
e segurança, afora outros itens que sempre melhoram
ano após ano.
No
campo político sindical externo, vale sempre lembrar
a participação STEFEM na direção
da CUT – Maranhão, tendo ocupado a direção,
a Secretaria de Comunicação, a Vice-presidência,
a Secretaria de Formação, tendo atualmente
o seu diretor Novarck de Oliveira como vice-presidente
da central no estado e Susalvino Vianna como membro da
direção. O STEFEM está presente no
Conselho Deliberativo da PASA, por ser um dos fundadores
do Plano de Saúde, e sempre na defesa de um plano
completo a baixo custo.
Essa
é parte da história do Stefem, querendo
saber mais, é só aproximar-se de um dos
nomes descritos acima. No caso da Sr.ª Luzia, infelizmente
por força dos acasos da vida, ela não se
encontra mais no plano terreno, atualmente ela erradia
alegria com o seubom humor característico em outra
dimensão.
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